Diante de um auditório cheio, o juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) e coordenador do Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas Ideias, José Faustino Macedo de Souza, fez a palestra de inauguração do Laboratório de Inovação da Justiça Militar da União (JMU).
De forma leve e bastante acessível, o juiz falou sobre os desafios de inovar no setor público, o que classificou de “grandes perrengues, pequenas vitórias”.
O foco da apresentação foi a experiência vivenciada pelo Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas Ideias, sediado no TJPE, que investe em desenvolvimento de produtos, formação e eventos de fomento da inovação.
O palestrante falou sobre a importância da inovação, que hoje corresponde à Meta 9 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para pensar soluções aos desafios que o Poder Judiciário, como um todo, enfrenta.
A fim de apresentar o processo e não somente os resultados do laboratório, o juiz indicou insights importantes que devem ser pensados durante o processo de inovação: "nem tudo o que é novo é inovador; para além da tecnologia, há pessoas; e a revolução exige paciência e disciplina".
Para o palestrante, inovar exige método e processos que busquem a coparticipação na criação dos projetos que indicarão soluções às demandas surgidas na instituição.
Ele ressalta que a criação de soluções é coletiva e que as falas de todos, independentemente do cargo que ocupem, têm o mesmo valor e devem ser levadas em conta. Faustino explicou ainda que é necessário ter empatia no processo de criação de uma solução, já que ela deve ser baseada nas experiências dos usuários.
Inauguração
Antes da palestra, o presidente do STM, ministro Lúcio Mário de Barros Góes, falou sobre a satisfação em inaugurar o Laboratório de Inovação da JMU.
Ele relembrou o seu discurso de posse, quando ressaltou a importância de inovar para aperfeiçoar e modernizar a justiça, sendo a inauguração do laboratório mais um passo de aprimoramento institucional para criar soluções ao desafios enfrentados pelo Poder Judiciário.
O diretor da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum), ministro Artur Vidigal de Oliveira, agradeceu ao palestrante pela apresentação, que jogou luz sobre o tema a ser agora pensado pela JMU.
Resultado
O nome vencedor que batizou o Laboratório de Inovação da JMU foi o Impetus, de autoria do analista judiciário Ely Luiz Liska Filho, integrante do Gabinete do ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz.
O nome Impetus obteve 48,36% dos votos, totalizando 59 pessoas.
A segunda posição ficou com InovarJMU, com 40,98% (50 votos) e o nome Criativus ficou com 10,66% dos votos, 13 no total.
140 sugestões foram enviadas para o nome do Laboratório de Gestão do Superior Tribunal Militar.
As propostas foram analisadas pela equipe de coordenação do concurso, que conferiu a adequação formal das inscrições às disposições do regulamento.
As propostas foram encaminhadas, sem qualquer identificação dos participantes, para a Comissão Julgadora, que escolheu três sugestões: Creativus, Impetus, Inovar JMU.
Impetus
Justificativa: Além de ser um termo singular, pode ser facilmente mencionado e memorizado.
O nome vem do latim e significa ímpeto/impulso/iniciativa. Por esses dois atributos, está relacionado tanto a características como dinamismo e modernidade, quanto à linguagem (Latim) que faz parte da cultura e da tradição do Poder Judiciário.